O Parlamento Europeu chumbou as emendas para que a União Europeia apoiasse a iniciativa indiana e sul-africana junto da OMC para a suspensão dos direitos de propriedade intelectual das vacinas e tratamentos para a covid-19.

O Parlamento Europeu perdeu a oportunidade de se juntar ao apelo lançado pela Índia e África do Sul no ano passado junto da Organização Mundial do Comércio no sentido de suspender os direitos de propriedade intelectual no que diz respeito às vacinas e aos tratamentos conta a covid-19, em nome do aumento da produção de vacinas em todo o mundo para debelar a pandemia.

«Para PS, PSD e CDS, é preciso acelerar a produção de vacinas e fazê-las chegar a todo o mundo, desde que isso não perturbe o oligopólio de algumas farmacêuticas constituído com o dinheiro de todos nós», concluiu Gusmão num comentário após a votação publicado nas redes sociais. Outra das emendas propostas pelo grupo da Esquerda ao texto aprovado defendia que «a Comissão e os Estados-Membros têm de superar as barreiras e restrições decorrentes das patentes e dos direitos de propriedade intelectual, a fim de assgurar a produção generalizada de vacinas e a sua distribuição atempada a todos os países e a todas as pessoas, com base num acesso equitativo e a preços comportáveis para todos, em especial para os profissionais de saúde e outros grupos de risco».

Para a eurodeputada Marisa Matias, o problema não é o modelo de certificado, «mas sim a falta de evidência científica e a fuga ao principal recurso que temos para lidar com à pandemia - garantir a produção da vacina à escala mundial».